quinta-feira, 2 de agosto de 2018

RODA VIVA

Pra quem, como eu, já assistiu memoráveis entrevistas no Programa Roda Viva, da TV Cultura, a de segunda-feira, com o presidenciável Jair Bolsonaro, foi o que pode se chamar de uma tentativa de massacrar (que surtiu efeito contrário, segundo todos os experts em política) o candidato que, queiram ou não alguns, aparece em primeiro lugar em todas as pesquisas de opinião onde não conste o nome do presidiário de Curitiba e Ficha Suja, Lula da Silva. Foi, também, a antítese do que devem fazer profissionais de comunicação, principalmente, ao lidar com quem tem propostas para o país (coisa que os 'convidados' não fizeram) que têm sido muito bem aceitas pela população. Mesmo que sejam elas controversas, mas é aí que entra a 'malandragem' do jornalista em explorá-las. Foi, e poderá ser, durante um bom tempo, uma aula da antiaula de jornalismo. O professor poderá exibir para seus alunos a cópia do DVD com o tal programa (se quiser eu empresto) e dizer a eles para, se forem convidados a participar de uma entrevista importante, ao vivo, que, inclusive, bateu recordes de audiência, deixarem impressões- e pressões - pessoais e paixões fora do estúdio pois aquela era uma oportunidade de ouro para todos perguntarem, por exemplo, sobre projetos de governo e ideias sobre segurança, saúde e educação. Coisa que os 'entrevistadores' - as meninas da Veja, do Valor e da Folha, além do menino do Globo chamado Leonêncio (Nossa Senhora!) - não sabiam ou não quiseram fazer. A todo momento tentavam buscar "explicações " de fatos que a História já se encarregou de mostrar (era só pesquisarem um pouco...como nos ensina o bom manual de jornalismo). Profissionalismo e lamentações à parte, Bolsonaro e sua legião de admiradores consideraram que houve, sim, uma inestimável colaboração dos jornalistas do Roda Viva porque se eles combinaram um massacre ao candidato, o tiro saiu pela culatra. Aliás, coisas que o deputado e capitão do Exército sabe lidar muito bem.