A senadora Ana Amélia, ao que tudo indica, acaba de se meter numa
daquelas enrascadas políticas. Motivada, talvez, pela cobiça de seguir a trajetoria de outros presidentes que cederam lugar aos vices - ela aceitou compor na chapa de
Geraldo Alckmin, apontado por delatores da Lava Jato com o codinome de "Santo", sem falar que, mesmo tendo feito uma daquelas " grandes e
suspeitíssimas coligações" não deve lograr êxito pois a maioria da
população não aguenta mais tantas coligações suspeitíssimas, corrupção
e, evidentemente, tanta mesmice e o mais do menos. E a senadora gaúcha -
com a qual troquei algumas mensagens há algum tempo e pude identificar
como política insuspeita e, até, bem-intencionada - representa, neste
momento, o mais do menos e a mesmice da política nacional a qual nenhum
de nós parece tolerar. Uma pena vê-la trocar uma quase reeleição ao
Senado pela espinhosa função determinada por seu partido, o PP, de, ao
tentar agregar valor, se submeter à possibilidade real - segunda
pesquisas - de manchar sua imagem, seu nome e perder a disputa para
candidatos menos envolvidos com escândalos como muitos dos políticos do
PSDB, PP, DEM, PR, Solidariedade, PRB que hoje sustentam a "grande
coligação", o Centrão, que quer derrotar a direita e as esquerdas do
País. E a senadora Ana Amélia, ilibada, combativa e ex-independente que
pode ter entrado numa fria daquelas.