Lembro- me de ter ouvido alguém comparar a política nacional a "uma
suruba, uma bacanal". Lembro-me, também, que não foi alguém que o fez
num bar da esquina ou qualquer outro ambiente de descontração. O autor
da pérola - que não deixa de ter fundamento - foi, nada mais, nada menos
que o veterano senador Romero Jucá ( PMDB-RR) que deve entender muito
bem de tudo isto pois representa uma das formas mais vis de se praticar a
"arte" da política com todos seus aspectos repulsivos de praticá-la
sempre de forma a se servir dela em benefício próprio ou para atender
grupos, amigos, parentes, etc. Aliás, como se faz em, praticamente,
todos os municípios brasileiros. De Norte a Sul, não importa o tamanho.
Estamos em plena campanha eleitoral, oportunidade para se começar a
mudar a grande confusão criada pelos últimos governos que conseguiram
transformar o Estado numa grande máquina de corrupção, onde o serviço
público fica à mercê do privado; sua qualidade é discutível, uma vez que
o sistema é viciado - e viciante -, gasta-se tudo que é arrecadado (uma
das maiores cargas tributárias do planeta), quase sempre de forma
perdulária e numa desproporção (custo- benefício) descomunal, inclusive
para manter os Três Poderes de maneira nababesca, todas provas
inequívocas de que vive-se uma grande "suruba" tal qual o senador, nada
impoluto e moralista, referiu-se, dia destes, em discurso na "Casa Alta"
e que precisamos começar a mudar. Lemas como família, amor a Deus, à
Pátria e às famílias, a ordem e o progresso como regra geral e a
permanente guerra à corrupção, bem como à perda do direito de ir e vir
com a criminalidade que grassa em cada canto do País, devem ser muito
bem analisados todos os dias e no próximo dia sete de outubro,
devidamente, instrumentalizada quando teremos em mãos o voto e o dever
de mostrar se queremos mudanças ou permanecer como estamos, por exemplo,
nas garras do pacto feito entre o PSDB, PT, (P)MDB e congêneres,
partícipes e cúmplices de uma estrutura carcomida que permite o avanço
de uma epidemia que se não for combatida representará, mesmo, nossa
destruição e independência.