quinta-feira, 27 de setembro de 2018

#PESQUISAS NÃO

Sempre fomos ferrenhos opositores ao atual sistema que, através de institutos de opinião pública, divulga percentuais de intenção de voto, principalmente, em relação à presidência da República, muitas vezes de maneira tendenciosa, equivocada e atabalhoada, dando margem - para mais ou para menos - para acharmos que não deveriam, sequer, ser divulgados e ligarmos o desconfiômetro haja vista metodologia, critérios adotados, dados de entrevistados e entrevistadores não estarem, devidamente, disponibilizados; as claras simpatias e preferências dos veículos de comunicação, além de outras questões como não se poder levar em consideração apenas 2% de amostragem (são mais de 147 milhões de eleitores); haver diversos interesses por baixo dos panos (o que querem, de verdade, os que patrocinam as pesquisas?); muitas vezes serem feitas através de ligações telefônicas; pela influência de se tomar decisões cruciais entre voto útil e voto de princípios, ou escolher entre dois candidatos, qual considera com maior chance de bater um terceiro. E, claro, não se poder desprezar o experimento do Gato de Schrödinger, que só descobrimos vivo ou morto quando abrimos a caixa  existindo de fato nos dois estados ao mesmo tempo até que a observação elimine a incerteza. O voto também tem essa característica heisenbergiana. Têm ainda os últimos resultados, mundo afora, que costumam apontar numa direção e depois revelam outra bem diferente - como na última eleição americana que dava Hillary Clinton o tempo todo mas que está sentado no "trono" é Donald Trump - e até mesmo em nosso pedação de mundo que, em 2014, apontavam para Dilma levando no primeiro turno, depois ganhando 'de lavada' no segundo e o que aconteceu foi uma vitória apertada sobre Aécio. O cenário de agora parece refletir a mesma maneira tendenciosa, equivocada e atabalhoada das pesquisas pois Bolsonaro, em primeiro lugar desde o início ( movimentos populares e redes sociais não valem), "perde pra todo mundo num provável segundo turno", dizem algumas bolas de cristais por aí. É por estas e outras que nós temos certeza que as pesquisas se distanciam muito da realidade e se costuma brincar com os resultados das pesquisas dizendo que "Hoje é dia 8 de outubro. Considerando a margem de erro do Ibope, feliz Natal!" e, ainda, "não precisamos mais perder tempo para votar. Basta chamar o Ibope ou a Folha que tá tudo resolvido"!"