O presidente eleito, Jair Bolsonaro, para poder continuar gozando da
confiança de quem lhe conferiu os votos suficientes para vencer as
eleições - e até daqueles que preferiram o voto de protesto no nulo, branco ou abstenção - não pode esquecer de alguns provérbios antigos que podem
nortear seu governo, tais como: "caldo de galinha e cautela não fazem
mal a ninguém"; "devagar com o andor que o santo é de barro" e,
principalmente, " não se deve ir com tanta sede ao pote". Isto porque,
no ímpeto de conquistar apoios que julga importantes, tem declarado, por
exemplo, que vai transferir a embaixada de Israel para Jerusalém; colocar a China (ei, somos capitalistas e temos mais de 20 milhões de desempregados!) em seu lugar; aceitar
indicações político-partidárias; extinguir ministérios; privatizar quase tudo; aproveitar colaboradores ligados, até pouco tempo, ao PT e até nomear o atual presidente, Michel Temer, como embaixador na
Itália (ah, tem o BNDES nas mãos do Joaquim Levi!). Ora, ao disputar as eleições dizendo que não ia entrar na
tradicional mesmice do toma lá dá cá e que ia expandir e manter as
parcerias com o mercado exterior - exceção para o bolivariano,
principalmente- e que não ia colaborar para livrar a cara de corruptos,
ele angariou muitos votos. Mas, aí, mal pega na caneta, já pensa em
afastar os árabes - importantes parceiros comerciais do Brasil - e se
tornar cúmplice de alguém que, supostamente, tem muita coisa a explicar a
Justiça. Só falta ele dizer agora que vai conceder indulto ao pobre do
Lula porque " tá velho e , portanto, merece uma nova chance". Bolsonaro, apesar da 'enoooooorme' experiência política de 30 anos no Parlamento e as 'boooooooas'
intenções, sabe muito bem que não se pode agradar gregos e troianos. Tampouco ganhar tudo. E que ser presidente em um País
como o Brasil nem sempre o céu está para brigadeiro. Portanto, senhor presidente eleito, se mantenha altivo e coerente para fazer as reformas (TODAS) necessárias pensando, sempre, nos brasileiros e brasileiras acima de tudo.