quinta-feira, 15 de novembro de 2018

CINZA E ANIL

O presidente eleito, Jair Bolsonaro, para poder continuar gozando da confiança de quem lhe conferiu os votos suficientes para vencer as eleições - e até daqueles que preferiram o voto de protesto no nulo, branco ou abstenção - não pode esquecer de alguns provérbios antigos que podem nortear seu governo, tais como: "caldo de galinha e cautela não fazem mal a ninguém"; "devagar com o andor que o santo é de barro" e, principalmente, " não se deve ir com tanta sede ao pote". Isto porque, no ímpeto de conquistar apoios que julga importantes, tem declarado, por exemplo, que vai transferir a embaixada de Israel para Jerusalém; colocar a China (ei, somos capitalistas e temos mais de 20 milhões de desempregados!) em seu lugar; aceitar indicações político-partidárias; extinguir ministérios; privatizar quase tudo; aproveitar colaboradores ligados, até pouco tempo, ao PT e até nomear o atual presidente, Michel Temer, como embaixador na Itália (ah, tem o BNDES nas mãos do Joaquim Levi!). Ora, ao disputar as eleições dizendo que não ia entrar na tradicional mesmice do toma lá dá cá e que ia expandir e manter as parcerias com o mercado exterior - exceção para o bolivariano, principalmente- e que não ia colaborar para livrar a cara de corruptos, ele angariou muitos votos. Mas, aí, mal pega na caneta,  já pensa em afastar os árabes - importantes parceiros comerciais do Brasil - e se tornar cúmplice de alguém que, supostamente, tem muita coisa a explicar a Justiça. Só falta ele dizer agora que vai conceder indulto ao pobre do Lula porque " tá velho e , portanto, merece uma nova chance". Bolsonaro, apesar da 'enoooooorme' experiência política de 30 anos no Parlamento e as 'boooooooas' intenções, sabe muito bem que não se pode agradar gregos e troianos. Tampouco ganhar tudo. E que ser presidente em um País como o Brasil nem sempre o céu está para brigadeiro. Portanto, senhor presidente eleito, se mantenha altivo e coerente para fazer as reformas (TODAS) necessárias pensando, sempre, nos brasileiros e brasileiras acima de tudo.