quinta-feira, 8 de novembro de 2018

O ÚLTIMO A SAIR

Como sempre acontece, ao apagar das luzes, o governo federal, acumpliciado com o Supremo Tribunal - que a cada dia perde um pouco de supremacia pelos muitos equívocos cometidos aos olhos da população - e o que restou do Congresso Nacional, acaba de deixar um "pepino" daqueles para o novo que se avizinha. Nesta quarta-feira (7), o Senado aprovou a pauta-bomba concedendo aumento de 16% para ministros do STF, devendo ter impacto em vários setores do judiciário. Com o reajuste, os salários dos magistrados passarão dos "míseros" R$ 33,7 para R$ 39 mil. O Projeto de Lei agora vai para sanção presidencial, desde que atendida uma contrapartida do presidente Michel Temer que é terminar com o auxílio-moradia em nível federal (e eu aqui pensando que era para os ministros aliviarem, muito em breve, sua barra em relação aos muitos processos contra ele, livrando-o da possível condenação e da companhia de velhos companheiros). Caso não seja vetada, a esmola com o chapéu e o dinheiro de 208 milhões de brasileiros, pode ser chamado de um grande 'soco' na ainda dolorida barriga de Bolsonaro pois, pelo efeito cascata, representa algo próximo a R$ 6 bilhões. Um novo salto no abismo e um problemão daqueles no chamado ajuste das contas públicas pretendido pela equipe econômica liderada pelo futuro superministro Paulo Guedes - que queria dar uma prensa no Congresso - que, assim, será obrigado a ter muito mais do que superpoderes. Resta torcer para que Bolsonaro consiga impor seu estilo e sua firmeza de propósitos baseados em João 8, 32 ( conhecereis a verdade e a verdade vos libertará) e que 'não aumentar ou criar novos impostos' se torne uma grande mentira.