CAMPANHAS CHATAS

Os programas partidários, que no Brasil nos são impostos em cadeia de rádio e TV, estão a cada dia mais entediantes. Sem muito conteúdo programático e sem quase nenhuma proposta, têm ficado restritos mais à biografia dos candidatos que parecem ter feito escola com o presidente Lula, cujas campanhas sempre exploraram sua vida de filho de retirante nordestino, torneiro mecânico e líder sindical. Tem sido assim com os candidatos José Serra, do PSDB, Marina, do PV e, sem dúvida, os responsáveis pela campanha de Dilma Roussef também encontrarão elementos relacionados à vida dura que teve. O eleitor, hoje mais amadurecido politicamente, prefere muito mais saber o quê os candidatos pretendem fazer caso cheguem ao lugar mais cobiçado do país, sem, no entanto, desprezar seu passado, sua trajetória, suas realizações e, principalmente, se possuem uma ficha limpa que os credencie a dirigir os destinos do país. Ao invés de quererem revogar a Lei da Gravidade, bem que nossos futuros legisladores poderiam incluir temas como estes e outros que motivem o eleitor a votar de maneira mais consciente, sem obrigatoriedade de assistir ou até mesmo votar em alguém.