quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011
COM DINHEIRO É MOLE
Enquanto o país "parar" para assistir às declarações de Ronaldo 'O Fenômeno" , sobre seu encerramento como jogador de futebol, com direito a uma supercoletiva, temos que engolir o que certa vez disse um presidente francês quando colocou em dúvida nossa seriedade como nação. Com tanta coisa importante acontecendo, por exemplo, a votação do salário mínimo, necessidade de se discutir e aprovar reformas urgentes, sejam tributárias, eleitorais e nos códigos civil e penal, o pouco caso de autoridades em relação às áreas de risco que vêm matando e desabrigando milhares de pessoas e a precariedade na segurança, transporte, saúde e educação, um ex-jogador - por melhor que tenha sido - recebe a atenção de todos pela "nobre" decisão de pendurar as chuteiras alegando estar acima do peso, portanto, sem condições físicas. Alegando um suposto hipotireoidismo, ele ainda afirmou que isto o levava a ingerir medicamentos considerados dopping, o que segundo vários médicos não condiz com a realidade. A verdade é que Ronaldo parou porque pode, ao contrário de muitos milhões de cidadãos brasileiros, pois acumulou uma fortuna que o permite fazer isto, levando a vida como bem quer e parte da mídia transforma esta atitude como se fosse um extraordinário feito, digno das primeiras páginas. Quando será que vamos priorizar questões relevantes e deixar de lado outras como encerramento de carreiras esportivas, por mais vitoriosas que sejam?