Depois que o governo privatizou a BR-101, as longas filas de espera causadas por reparos e péssimas condições na estrada e o martírio provocado durante as viagens - sem falar na praga dos pedágios e suas estranhas relações custo- benefício - têm nos obrigado a voltar às décadas de 70 e 80 quando levávamos muito mais tempo para chegar ao destino. Lembro-me das intermináveis quatro, cinco ou mais horas levadas para se chegar ao norte do RJ, mais especificamente a Quissamã, quando eram "normais" aquelas lamentáveis, desanimadoras e onerosas paradas. Com a proposta de tornar os percursos mais seguros e reduzir o tempo da viagens, fazendo o quanto antes a duplicação, a Autopista Fluminense, vencedora da concorrência, nos remete a um desagradável passado cujo saudosismo, ao contrário da lembrança de momentos bons, representa o mais puro retrocesso ao tempo das diligências.
