segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

MAIS UM RINOCERONTE QUE CAI


Finalmente, Carlos Lupi foi atingido por um tiro mortal, desferido, principalmente, pelo fogo amigo da banda boa de seu próprio partido, o PDT. Deu um pouco de trabalho, mas ele, agora, faz parte do clube de sete ministros que, em menos de um ano, caíram, sendo seis sob acusação de irregularidades. De nada adiantaram juras de amor a presidente Dilma, constantes idas e vindas ao Congresso onde, na sabatina, fingiam que perguntavam e ele fingia que respondia, as súplicas ao chefe Lula e suas declarações dando a entender que só sairia do ministério do morto, mesmo assim por uma bala de grosso calibre, referindo-se ao seu peso e, talvez, pelo prestígio dentro e fora da estrutura do Planalto. Mas a exoneração não encerra o caso. Pelo contrário. Ela deve reabrir a discussão de que não basta o afastamento de servidores do alto escalão do governo, como já ocorreu outras vezes, ficando tudo como está. A sociedade deve se mobilizar e exigir das autoridades investigação completa e, se for o caso, uma punição rigorosa de todos os envolvidos. Como fazem com qualquer cidadão comum. Não se pode seguir o refrão que diz 'lavou' tá nova. Fosse assim, o ladrão entregaria o que roubou, o assassino geraria uma outra vida e entregaria à família da vítima e quem falou ou escreveu alguma inverdade simplesmente pediria desculpas.