Embora considere improvável o impeachment de Dilma e o strike que
possa provocar, derrubando, na linha de sucessão, Temer, Cunha e Renan,
uma vez que acabou o recesso parlamentar, neste ano, acontecem as
eleições municipais - prefeitos e vereadores em 5.600 municípios - e o
Congresso tem fome, acho possível que o Tribunal Superior Eleitoral(TSE)
casse a presidente e seu vice, por abuso de poder econômico na campanha
de 2014 e, o Supremo Tribunal Federal (STF), os outros chefes da Cosa
Nostra nacional por crimes que também envolvem dinheiro público. Sabe,
aquele que vem dos impostos que pagamos e são desviados para o
exterior, para paraísos fiscais, para empreiteiros que o repassam para
eles? Sabe, aquele dinheiro que deixa de ir para a educação, saúde,
reajuste salarial, aposentadoria, segurança, etc? Sendo assim, dentro de
todas as probabilidades e possibilidades, se tudo der certo e a Justiça continuar
fazendo seu trabalho, seja Lava Jato ou qualquer outra operação sempre
bem-vinda, cai a República, isto é, a Dona, o Don, o Sottocapo, o
Consigliere e, espera-se, até, o Capo, principal articulador ( e, hoje,
sabe-se executor e um dos beneficiados) do maior projeto criminoso de
poder praticado contra milhões de brasileiras e brasileiros por um
partido político e seus muitos aliados de ocasião. E, se confirmando
este anseio de grande parte do país, assumiria, novamente, uma mulher,
no caso a futura presidente do STF, ministra Carmem Lúcia, de ilibada
biografia, que, recentemente, se manifestou de maneira dura e impiedosa
contra mensalões, petrolões, enfim, roubo de dinheiro público, afirmando
que o crime não vencerá a Justiça, mesmo com todas as tentativas de o
escárnio vencer o cinismo. Agora é aguardar os muitos desdobramentos dos
processos, chicanas e mentiras, muitas mentiras, não perder a esperança
de ver a capacidade de liderança de uma mulher, preparada e guerreira (
diferente de guerrilheira), ser comprovada - mesmo que durante breve
período e sem essa de eleições indiretas - e assistir quem cometeu
crime de lesa-pátria ir pra cadeia.