quarta-feira, 8 de junho de 2016

VERDADE EFETIVA

Esta semana, tínhamos tudo para propor aos nossos leitores um artigo voltado para as eleições municipais, já que estamos a menos de quatro meses e seria importante quebrar paradigmas para se tentar chegar à verdade efetiva das coisas. Pensamos em apresentar, neste sentido, um dos pensamentos de Machiavel, quando rejeitou  a tradição idealista de Platão, Aristóteles e São Tomás de Aquino para atingir a verità effettualee, examinando a realidade, substituindo o 'deve ser' pelo 'ser', etc., etc., etc. Mas, aí, vêm o PMDB de Renan, Jucá e Sarney - sem esquecer das manobras ardilosas de Cunha no Conselho de Ética (onde está Tia Eron?) -, o pedido de prisão dos três ao STF, pelo Dr. Janot e a Lava Jato e 'estragam' nossos planos. Por um momento, devaneamos, quase surtamos, ao nos esquecer de estar vivendo um período conturbado de nossa história, provocado pelo maior projeto criminoso de poder, provocado pelo PT, capitaneado pela banda podre do próprio PMDB, que provocou o maior golpe contra a nação, ou seja, golpeou de morte a esperança daqueles que acreditavam num mundo melhor, na justiça social e os demais que, mesmo vendo seus candidatos derrotados nas últimas eleições, torciam para uma guinada da economia e melhores dias para a população. Não que discutir o período que antecede as campanhas eleitorais, para a escolha de prefeitos e vereadores, seja menos importante, mesmo porque os assuntos se entrelaçam, mas a repercussão das conversas gravadas pelo atual delator número um da República, Sérgio Machado, - pelo menos até O Barba e A Poste resolverem entrar no circuito - com o presidente do Congresso Nacional, um senador e ex-ministro do Planejamento e um ex-presidente, tentando barrar as operações da Justiça, merece que releguemos, por ora, as verdades envolvendo as políticas municipais para um segundo plano. Isto tudo por estarmos vivendo um momento ímpar, singular mesmo, uma espécie de sensação nacionalista, quando tem-se boa parte da imprensa com coragem e independência suficientes para denunciar planos ousados e altíssimas autoridades, manifestações populares tão significativas, políticos exigindo respostas e, principalmente, membros da Justiça dispostos a exercer seus papeis no sentido de exterminar a corrupção ( é possível, sim). Como agora, onde grandes veículos de comunicação estampam, sem trégua, os mal feitos em suas capas, as redes sociais reproduzem os acontecimentos, expressando suas opiniões, deputados e senadores fazem inflamados discursos e procuradores, juízes e ministros do Supremo mandam investigar, prender e, até, usar tornozeleiras eletrônicas, se for o caso. Este é o Brasil que queremos, não para as futuras gerações como se dizia antigamente. Este é o Brasil que queremos pra nós, nossos filhos e netos. E tudo isto, é o mais importante.