sexta-feira, 4 de maio de 2018

RADICALIZAR É PRECISO?

Muita gente já começa a comparar as campanhas do presidenciável Jair Bolsonaro com as de Donald Trump, ou seja, aquelas que conduziram alguém meio desacreditado à vitória nas urnas. Muita gente começa até a comparar os dois. Apesar de algumas bandeiras semelhantes, as carreiras são bem diferentes pois enquanto um entrou na política após cumprir carreira militar o outro seguiu o caminho empresarial de sucesso até chegar à Casa Branca. Nacionalista, conservador, polêmico, crítico da imprensa e defensor do armamento do cidadão e a imposição de barreiras à imigração. Essa é a descrição do presidente americano Donald Trump, mas pode servir também para retratar o pré-candidato brasileiro em alguns aspectos. Quando comparado a Trump pela imprensa internacional,  o deputado e ex-militar afirmou em redes sociais que é diferente do americano."Há uma diferença enorme entre ele e eu", disse em vídeo postado no Facebook no final do ano passado. "Nos rotulam de populistas e também de extrema direita. Nós não somos isso", afirmou. Com tantas especulações a respeito, o início das campanhas oficiais, o crescimento da candidatura Bolsonaro se consolidando mais, principalmente, após a prisão do líder e quadrilheiro do PT e a surpresa nos dois primeiros anos de governo de Donald Trump (chamado de 'maluquinho' por ter tido a coragem de colocar em prática ações consideradas fortes demais e que contrariavam grandes interesses), pensar nas semelhanças dos dois e na possibilidade de ambos serem colegas como chefes de estado de nações tão complexas e cheias de contrastes como são os EUA e o Brasil (apesar das realidades bem diferentes) é algo que não pode mais ser descartado, nem por especialistas, nem por aqueles que costumam torcer o nariz para a tendência mundial de se acabar com o establishment (nos EUA foram décadas de Bushes e Clintons e no caso brasileiro PT e PSDB que se alternam no poder desde 1994) e dar oportunidade àqueles que mostram algo novo, diferente, às vezes revolucionário como são as propostas de Trump e Bolsonaro. Mas é possível traçar um paralelo entre os dois? Além do discurso inflamado antiestablishment, o patriotismo exacerbados (proteção ao mercado local diante do avanço de empresas chinesas), o armamento da população para combater o terrorismo, no caso americano e a bandidagem, em nosso caso, as barreiras contra imigrantes (proteção de seus países contra a entrada de extremistas), a educação tradicional voltando aos lares americanos do norte e do sul, tem-se o nacionalismo dos dois como principais bandeiras, visto até nos bordões: Trump usa o "América em primeiro lugar" enquanto Bolsonaro defende o "Brasil acima de tudo" e as pessoas querem ouvir isto, seja como grito de guerra, seja como estratégia para se ganhar uma eleição. Se a radicalidade dos dois é a fórmula para se vencer eleições e produzir as mudanças necessárias só saberemos com a vitória de Bolsonaro, em outubro, e/ou com a reeleição de Trump, em 2020. Até lá, ter-se-ão muito chão a percorrer e obstáculos a superar.
Nacionalista, conservador, polêmico, crítico da imprensa e defensor de bandeiras como o armamento do cidadão e a imposição de barreiras à imigração. Essa é a descrição do presidente americano Donald Trump, mas pode servir também p... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/politica/eleicoes/2018/noticias/2018/02/01/jair-bolsonaro-e-a-versao-brasileira-de-donald-trump.htm?cmpid=copiaecola
Nacionalista, conservador, polêmico, crítico da imprensa e defensor de bandeiras como o armamento do cidadão e a imposição de barreiras à imigração. Essa é a descrição do presidente americano Donald Trump, mas pode servir também p... - Veja mais em https://noticias.uol.com.br/politica/eleicoes/2018/noticias/2018/02/01/jair-bolsonaro-e-a-versao-brasileira-de-donald-trump.htm?cmpid=copiaecola