quarta-feira, 10 de outubro de 2012

EQUÍVOCOS E ACERTOS PÓS-ELEITORAIS

A política eleitoral, graças a Deus, foi-se no domingo. Agora, entra em cena a pós-eleitoral  - até começar a administrativa, mais interessante- e, com ela, começo a observar alguns erros e acertos cometidos. Dentre os acertos, escutei, pela manhã, numa rádio local, entrevista com o prefeito eleito de Quissamã, Octávio Carneiro. Ele apresentou alguns de seus planos, falou da busca que pretende por parcerias e, principalmente, em fazer um governo para todos. Também escutei um carro de som divulgando mensagens de candidatos - eleitos ou não -, entre elas do próprio Octávio e da Fátima Pacheco agradecendo seus votos à população, mostrando a maturidade dos que pretendem o mesmo para a cidade e se lembraram de fazê-lo. Vi, numa rua da cidade, jovens 'grafiteiros' pintando no muro de uma residência a foto do prefeito eleito e isto, além de ser arte, mostra jovens pensando em se manisfestar de alguma maneira. Tenho escutado saudáveis discussões, entre elas sobre o perfil dos sete novos vereadores, a significativa renovação pois assumirão Marcelo Batista (PV); Kitiely (PR); Ronaldo Costa (PSC); Marquinhos Mariquita (PSC); Jorge Silva (PMDB); Isabel Pessanha (PMDB) e Dr. Jorge (PR), permanecendo Marcinho (PSD) e Luiz Carlos (PSC).  Acendeu-se a luz amarela, ou mesmo vermelha, e isto também é bastante salutar. As discussões tratam, ainda, com a natural emoção - sem perder o caráter cívico que devem ter - do que consideram importante para o município, dos embates acalorados nos palanques, nas caminhadas, carreatas, dos excessos cometidos, das coligações, quem pode entrar ou sair e, até, de suas paixões por este ou aquele. E isto é plenamente compreensível, uma vez que a população tenta ser participativa e se esforça para ser politizada. Entretanto, vêm sendo cometidos alguns excessos ou equívocos como levar as discussões para o lado pessoal, se deixar envolver pela cultura mercantilista (o famoso toma-lá-dá-cá, entranhado na cidade há mais de 23 anos) e continuar numa onda, azul ou vermelha - às vezes num surf muito forçado - , tentativa idiota dos pobres de espírito que, passadas as eleições, serve tão somente para acirrar ânimos e colocar fogo numa fogueira que acredito não existir mais. E disto eu entendo bem, podendo falar de cadeira, pois Octávio Carneiro tinha motivos para 'perseguir' este blogueiro, pela oposição a ele ao apoiar o saudoso Antoniquinho, seu adversário ( lá pelos idos de 1996, quando muitos do atual cenário nem aí estavam) e, ao contrário, teve-me ao seu lado por entender que perseguição é um gesto errado, ilegal e não funciona nem na política, nem na meritocracia que defendo e me incorporo de fato e de direito. Uma coisa é uma coisa,... Poderia elencar outros equívocos, como achar, por exemplo, que a petista Fátima não irá colocar seu prestígio político à disposição de Quissamã, o da TV Alto Litoral que, ao entrevistar Octávio o ofendeu - e a todos nós - chamando-o, por duas vezes, de 'o prefeito mais velho da região', como se a sua idade e condição significassem incapacidade ou falta de disposição e outras bobagens no mesmo nível de querer saber em quem fulano votou, se fulano é azul ou vermelho, se vai haver caças e cassadores ( a grafia é intencional)  ou se vencidos e vencedores na política vão gostar mais ou menos de Quissamã. Afinal, política com P maiúsculo é quando se olha pra frente, independente da cor da bandeira, se ela é vermelha, azul, amarela ou branca da paz. E é isto que pretendem Octávio, Fátima, eu, a torcida do Flamengo, do Fluminense e todos que querem uma Quissamã melhor.