Enquanto alguns derrotados nas últimas eleições municipais contabilizam perdas, recolhem cacos e começam a se preparar para as próximas - as de 2014, para presidente, governador, deputados e um senador, dos quais, geralmente, são cabos eleitorais "de luxo" e as de 2016, nova tentativa - outros, os eleitos, pensam só em comemorar, fazendo carreatas, churrascos, reuniões para traçar metas e quaisquer encontros que os ajudem a atingir a governabilidade e seus objetivos. A festa é natural e serve para unir os grupos, supostamente voltados para ajudar os eleitos a administrar melhor as cidades. Supostamente. E aí, consiste o mal maior. Sendo a política nacional uma das mais pervertidas do planeta, com os apoios sempre (ou quase sempre) vinculados a interesses, o que se terá, a partir de janeiro, são alguns governos comprometidos com gente assim, passando a cobrar com juros e correção monetária ao nível de segundo mundo e de lugares com autênticas milícias onde a lei é não ter lei. Até lá, valem as festas, as comemorações e tudo que represente a falta de comprometimento. Entretanto, deverá haver muitos eleitos a fingir que a festa vai continuar após a posse, onde os ombros 'amigos' vão decidir por eles, fazendo-os governar a várias mãos. Em Quissamã, por exemplo, ao assumir a prefeitura, Octávio Carneiro deverá - e é isto que a população toda espera - mostrar um perfil onde a palavra final é a dele. Afinal, esta é sua verdadeira identidade.
