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Alerj, mesmo com a grande crise que o Estado do Rio de Janeiro vem atravessando
- talvez a maior de toda história - , com serviços públicos indo de mal a pior,
sem falar nos salários atrasados, falta de perspectivas e, até, do
décimo-terceiro (uma conquista dos trabalhadores), tem dado outros maus
exemplos, já que das mordomias e supersalários de deputados, assessores e afins ninguém
fala mais. Para se ter uma pequena ideia da falta de sensibilidade dos 'nobres
parlamentares e agregados', pouco afeitos ao momento crucial pelo qual passa a
população, o presidente da Casa, Jorge Picciani, dias atrás, abriu licitação
para compra de medicamentos, contratação de ambulâncias, UTIs 24 horas, cursos
de línguas (what?) e agendou 88 coqueteis de fim de ano para ele e seus 69
companheiros. Pelo visto, mesmo com tudo que vem acontecendo Brasil afora, ainda
tem gente achando que o roubo de dinheiro público e o festival de desperdício
e gastronômico vão continuar, assim como a capacidade que ela tem de manipular a
vontade popular através das urnas.