terça-feira, 31 de outubro de 2017

A CÉSAR O QUE É DE CÉSAR

Não precisaria ser expert para prever que a grande maioria dos eleitores de Niterói iria dizer NÃO no plebiscito de domingo, em Niterói, sobre o armamento da guarda municipal. Foram 13.478 votos contra 5,478 para o SIM, além de 25 que votaram nulo e oito em branco (o voto era facultativo, como deveria ser SEMPRE em qualquer escolha democrática) e, a despeito do que pensa e quer o prefeito Rodrigo Neves, a população entendeu que mais gente com armas letais não significa diminuição da violência e que o problema não está em portá-las e sim na forma como vão ser usadas. E por quem. Considero que aqueles profissionais portarem armas em ruas, parques, jardins e escolas, apesar do treinamento e do apoio psicológico prometidos, está além daquilo que se prontificaram a fazer quando do concurso prestado e poderia haver um não entendimento legal, bem como recusa durante confrontos contra quem está mais disposto e até preparado (os criminosos que não têm nada a perder). Seria a velha história do 'não sou pago pra isso, não vou fazer aquilo e outras frases ditas toda vez que se levanta o assunto e, muito provavelmente, aconteceria durante os confrontos. Sendo assim, se alguém quis fazer graça, ganhar algum dividendo, a população de Niterói não achou graça nenhuma, uma vez que segurança pública é assunto pra quem entende, quer e sabe fazer. O que não é o caso da guarda que deve continuar exercendo o papel de relevante apoio, aliás, o que costuma fazer muito bem. Se a prefeitura quer colaborar ainda mais, que reforce o Proeis disponibilizando novos recursos para que policiais militares, de folga, possam atuar no município e adquira novas armas não letais para serem usadas pelos guardas municipais, Isto, claro, até o dia em que os políticos tiverem vergonha na cara e coragem de mudar as leis que coloquem, por exemplo, quem comete crimes hediondos atrás das grades. Para sempre.