quinta-feira, 5 de outubro de 2017

PANORAMA

 MEIA SOLA

Enquanto a grande e verdadeira reforma política não vem, isto é, aquela que poderia nos dar, por exemplo, a opção pelo voto facultativo; uma verba de campanha bancada pelos próprios candidatos e seus correligionários; a coincidência das eleições (de vereador a presidente da República) e dos mandatos, com apenas dois seguidos para cada; o fim das atuais mordomias para quem exerce ou até mesmo exerceu cargos eletivos e tantos outros equívocos - sem falar nas aberrações - praticados dentro do Congresso Nacional, assembleias e câmaras municipais Brasil afora, continuamos sendo obrigados a assistir ao circo montado que conseguiu promulgar tão somente o fim das coligações partidárias proporcionais e a cláusula de desempenho, aquela que diminui a quantidade enorme de partidos. Um grande avanço, em se tratando do esforço empreendido costumeiramente naquelas casas de leis, também conhecida como casa da mãe Joana, das bacanais, etc.

NAMORO OU AMIZADE?

Tem gente que ainda estranha parcerias firmadas entre a suposta oposição liderada pelo PT com o PMDB de Temer e o PSDB de Aécio para manter, principalmente, tudo como está até 2018, ano das eleições. Para comprovar a incoerência ,afagos têm sido presenciados neste sentido, quase o tempo todo, basta alguém perder (e na política nacional é uma perda mesmo) um tempinho e assistir algumas sessões na Câmara federal e no Senado. Fica claro que o partido de Lula, Dilma, Dirceu, Gleise e tantos outros petralhas tem, como sempre, interesses escusos nisto pois não são raros discursos apontando na direção de acordões para livrar envolvidos nas muitas saca......, digo, roubalheiras praticadas por aí, deixando o candidato Lula da Silva no páreo.

CORRIDA 2018
E por falar em páreo, eleições ano que vem e na velha e conhecida política tupiniquim, aliás, uma das piores e mais corruptas do planeta, fica a pergunta: e as pesquisas? Levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas, no fim do mês passado, encomendado pela Revista IstoÉ, apontou uma liderança do ex-presidente Lula, com 26,6%; Jair Bolsonaro (PSC negociando com o Patriota, antigo PEN) em 2° lugar, variando de 18,5% a 20%. Em seguida João Dória e Marina, cabeça a cabeça. Vamos ver quem entra, de fato, na corrida, quem ficará de fora por causa da Ficha Limpa, quem poderá ser sabotado e se haverá a máxima 'que vença o melhor'.
STF x SENADO
E no Senado de Jucá (aquele da família que rouba unida permanece unida), Gleise (a presidente do PT, conhecida como Narizinho e "amante" enrolada na Lava Jato, Aécio (ops, este tá de castigo sem poder ver as meninas do Leblon), Requião (o 'maluquinho' que falou das idas e vindas aos gabinetes dos senadores de candidatos atrás de vagas no STF), Renan (recordista de processos) e até do raivoso Lindbergh, o assunto de todos os dias tem sido a 'intromissão' do Supremo Tribunal Federal no legislativo, o que poderia levar a uma 'profunda crise institucional'. Que crise, cara pálida? Aquela que pode diminuir a roubalheira no País, praticada por vocês ou a que continua deixando mais de 14 milhões de pais e mães de família sem ter o que levar pra casa no fim do dia? Tudo bem que o STF não seja nenhum convento (se bem que a presidente parece com aquela temível madre superiora dos filmes da Noviça Rebelde), tampouco uma ordem beneditina, mas enquanto guardião da Constituição existe para fazer cumprir as leis e dar bons exemplos. O que, vocês políticos deste Brasil, nem sempre fazem. Ou melhor, dificilmente. Assim, pau neles!
SONHO MEU
Às vezes, fico pensando se tudo que vem sendo feito, para que o Brasil deixe de ser um dos campeões de corrupção, é pra valer e vai dar certo. Principalmente, se será duradouro e as próximas gerações vão confiar na Justiça, acreditando no provérbio 'escreveu não leu, o pau comeu'. Se quem cometeu qualquer crime, seja ele culposo, doloso, do colarinho branco ao ladrão de galinhas, hediondo ou não, vai ter um julgamento imparcial e o mesmo tratamento quanto a pagar à sociedade o que deve, ficando trancafiado sem regalias ou quaisquer direitos que a grande maioria não tem. Se os políticos vão priorizar a população e empregar bem os recursos sem levar as habituais vantagens. Aí, alguém me chama ou faz barulho lá fora e acordo. Afinal de contas, nossa democracia é apenas um arremedo grotesco e era tudo um sonho.
  BOLA FORA DO HERMANO
O jornalista Ricardo Boechat, que veio da Argentina para nossa Niterói, faz um bom trabalho no rádio e na TV. Só que, de vez em quando, deixa a desejar quando quase generaliza o serviço público como algo praticado de maneira errada, com muita corrupção e desleixo por parte de quem o pratica. Prova disso é que na última quinta-feira enalteceu um projeto que se encontra no Senado e trata de uma avaliação anual que seria feita por uma comissão com a finalidade de punir, até com demissão de concursados, aquele que não estivesse exercendo com afinco seu trabalho. Só que o companheiro sabe muito bem que o mal maior do País, além da corrupção, é a permanente ingerência no setor por políticos que costumam apadrinhar os seus. Aí, 'doutor', já sabe, né: vai ser um tal de meu pirão primeiro, um terrorismo daqueles contra quem muitas vezes não faz bem seu trabalho por falta de condições e deu duro pra passar num concurso mas que, agora, alguns querem botar no olho da rua por 'mau desempenho'.