quinta-feira, 22 de março de 2018

CABEÇA DE JUIZ

Não que o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, não tenha lá suas qualidades. O notável saber jurídico é indiscutível, mas, muitas vezes pelo excessos de leis, aparentemente, "injustas" (a máxima do legal mas imoral), o grande corporativismo praticado por aqui e o protecionismo constante aos poderosos, o levou à condição de um dos mais odiados juízes do País (sem falar nas ridículas brigas com colegas durante as sessões, como as protagonizadas contra Joaquim Barbosa, tempos atrás e as contra Barroso, esta semana). Ele, entre outras, foi o responsável direto por muitas decisões que contrariavam a maioria da sociedade que não aguenta mais outra máxima que diz: aos amigos, a lei; aos inimigos o rigor da lei.  Os muitos habeas corpus - emblemáticos (como ao Rei dos Ônibus; ao médico que estuprou dezenas de mulheres; ao empresário corrupto, diverso políticos, etc.) concedidos por Gilmar, sempre atraíam - e continuam atraindo - a fúria popular, pois no Brasil vão presos, e permanecem assim por mais tempo, pretos, pobres, analfabetos e, principalmente, os que não têm padrinho e morrem pagãos. Entretanto, como também somos um País de memória curta, nos últimos dias, os veículos de comunicação vêm dando ênfase aos habeas coletivos solicitados por advogados de réus condenados em segunda instância, o que poderia levar, por exemplo, o ex-presidente Lula a escapar da prisão. Pra começar, esta decisão não é definitiva pois o ministro tão somente o fez por considerar a pretensão de 10 juízes do Ceará " genérica, ou seja,  cada caso tem de ser analisado individualmente". E pra terminar, a cabeça do Gilmar, em relação aos poderosos, como Lula e outros da mesma estirpe, continua sendo vista como bundinha de neném e, a qualquer momento, pode mudar de ideia e levá-lo a concedr benefícios a outros perigosos criminosos que tanta porcaria fizeram e mal causaram a milhões de brasileiros e brasileiras. Sendo assim, muita calma e prudência nessa hora - ah, e caldo de galinha também como nos  recomendam os antepassados. Aliás, aqueles que não conviviam com tanta gente ruim e tanta safadeza.