A política brasileira é e, muito provavelmente, nunca deixará de ser um
balcão comercial. Um local de negociatas, onde vale tudo para se obter
ou perpetuar o poder e, claro, para se roubar "dinheiros" público e
privado. Uma das provas está, por exemplo, nas muitas candidaturas à
presidência onde alguns partidos (os mesmos de sempre) começam a lançar
nomes que estão convictos que jamais chegarão à vitória. Pelo menos nas
urnas. Como acaba de fazer o DEM ao dizer que o deputado Rodrigo Maia,
atual presidente da Câmara, "entrará forte na disputa" (que decepção, senador Caiado!). Qualquer pessoa
sabe que ele, caso não seja rifado e eliminado antes, até as
convenções, só está no páreo ou para ser vice ou para entrar
no loteamento de um possível vencedor. Todo mundo sabe, também, que o
DEM (que ainda rima com nem-nem) há muito se presta a isto e que o deputado carioca, filho do
vereador César Maia (ávido por disputar o governo do Rio) não teria a
menor chance de derrotar nomes como Bolsonaro, Alckmin,
Álvaro Dias e até Meirelles e Lula, este último se fosse o caso. Se não houvessem as pedras da prisão em seu caminho. Portanto, no grande cassino
chamado Brasil, a candidatura de Rodrigo deverá ser um blefe, uma carta
fora do baralho.