quarta-feira, 14 de março de 2018

FORA DO BARALHO

A política brasileira é e, muito provavelmente, nunca deixará de ser um balcão comercial. Um local de negociatas, onde vale tudo para se obter ou perpetuar o poder e, claro, para se roubar "dinheiros" público e privado. Uma das provas está, por exemplo, nas muitas candidaturas à presidência onde alguns partidos (os mesmos de sempre) começam a lançar nomes que estão convictos que jamais chegarão à vitória. Pelo menos nas urnas. Como acaba de fazer o DEM ao dizer que o deputado Rodrigo Maia, atual presidente da Câmara, "entrará forte na disputa" (que decepção, senador Caiado!). Qualquer pessoa sabe que ele, caso não seja rifado e eliminado antes, até as convenções, só está no páreo ou para ser vice ou para entrar no loteamento de um possível vencedor. Todo mundo sabe, também, que o DEM (que ainda rima com nem-nem) há muito se presta a isto e que o deputado carioca, filho do vereador César Maia (ávido por disputar o governo do Rio) não teria a menor chance de derrotar nomes como Bolsonaro, Alckmin, Álvaro Dias e até Meirelles e Lula, este último se fosse o caso. Se não houvessem as pedras da prisão em seu caminho. Portanto, no grande cassino chamado Brasil, a candidatura de Rodrigo deverá ser um blefe, uma carta fora do baralho.