Os defensores dos estados e municípios produtores de petróleo trabalham em várias frentes para evitar que a proposta do deputado Ibsen Pinheiro sobre a partilha seja aprovada nos próximos dias. Ibsen quer que os royalties - ou seja, a verba que as empresas pagam pelo direito de explorar os campos de petróleo - sejam distribuídos por todos os estados e municípios, sem qualquer privilégio para os estados fronteiriços. Estão previstas mobilização da sociedade e, até mesmo, a paralisação das atividades em algumas prefeituras. Se nada disto der certo, toda a atenção estará voltada para Lula, que tem o poder de vetar a mudança e vem conversando muito - e ao pé do ouvido - com o "amigo", governador Sérgio Cabral. Como argumento, os fluminenses alegam que a proposta acabaria com as receitas do estado, já que atinge inclusive os poços em produção, e obrigaria inclusive a União a abrir mão de 15 bilhões de reais, parte da dívida do estado que está garantida por receitas futuras de royalties. Isto sem falar na possibilidade do aparecimento de cidades-fantasmas, conforme declaram alguns dos prefeitos que dependem quase que exclusivamente de um bem cada dia mais finito. Será que estas coisas têm alguma relação com a conhecida Maldição do Petróleo? Pé de pato, bangalô três vezes...
