FRUTOS PODRES

Tem inteira razão o secretário de Segurança do Rio, José Mariano Beltrame, quando refere-se aos maus policiais como frutos podres que só atrapalham e dificultam a ação. Com seriedade e colocando o dedo na ferida em várias situações de conflito entre o governo e a sociedade, ele - como todos nós - deve esperar que a legislação atual seja mudada para punir com mais rigor e celeridade ainda o mau policial, expulsando-o de seus quadros e colocando-o atrás das grades se possível para sempre. Entretanto, essa mesma legislação deve proteger e incentivar nossa malha protetora, como são as instituições de segurança pública, pagando salários dignos que lhes permita levar uma vida decente onde bicos, tentativas de corrupção dos dois lados ou atos de extrema violência física e psicológica deixem de fazer parte do cotidiano daquela que um dia nos encheu de orgulho e confiança. De certa forma, o mesmo se aplica aos maus políticos que, já enraizados, com seus costumes, vícios e outros atos de violência, conduzem a população à dependência e à pobreza crescentes, fazendo com que a árvore produza frutos podres, contaminados e que vão acabar matando a própria árvore.