terça-feira, 23 de novembro de 2010

SOS RIO


A "colaboração" que o Rio de Janeiro vai receber do governo Federal, através do Ministério da Justiça, para reforçar a segurança de sua população nas ruas e avenidas, onde carros vêm sendo incendiados nos últimos dias, infelizmente, é mais um daqueles paliativos usados quando há sérios problemas na segurança e uma triste certeza de que eles vão continuar. Colocar a PRF em alerta máximo, sem aumentar o efetivo, há muito deficiente em termos quantitativos e trazer agentes de outros estados é uma iniciativa louvável e muito benvinda, pois em um momento crítico como este ninguém pode se dar ao luxo de dispensar ajuda, mas considerada insuficiente pois o poder paralelo, além de significativo e inversamente proporcional, está disposto a continuar nos intimidando. O cidadão e os marginais sabem muito bem que o resultado do trabalho das UPP's, também digno de elogios de quem conhece um pouco de realidade social, é de médio e longo prazos o que justifica estas e outras ações dos marginais que também continuarão a se beneficiar da fragilidade da legislação e convictos de que ela é sua maior aliada. E que as Unidades Pacificadoras estão incomodando. O terror das balas perdidas, o índice de latrocínios e, agora, a nova modalidade de assaltar motoristas, passageiros e queimar seus carros, só poderão ser combatidos quando as penas forem muito mais rigorosas e o número de condenados presos for maior do que o de condenados soltos andando por aí, como acontece, por exemplo, no sistema prisional americano.