sexta-feira, 15 de abril de 2011

MÃOS AO ALTO OU NAS ARMAS

O presidente do Senado, José Sarney e do TSE, Ricardo Levandovski não veem problema em realizar um plebiscito ou referendo sobre a venda de armas no país e que as instituições estão preparadas. Estima-se um custo de R$250 milhões para a população ir às urnas, mais uma vez, se manifestar a respeito de algo que não está no cerne da questão de segurança. A consulta popular sobre o desarmamento, além de onerosa e do desgaste para a própria população que olha com desconfiança tudo relacionado à política, corre o risco de repetir a de 2005 quando 64% dos eleitores decidiram deixar as coisas como estavam. Some-se a tudo isto o fato de a proibição da venda legal de armas e munições não diminuir a criminalidade, intimamente relacionada à falta de uma política de segurança pública que combata de verdade o problema na raiz, ou seja, cortando a corrupção na própria carne, colocando as fronteiras em alerta máximo e mudando as leis que estimulam, ainda mais, mentes perversas e criminosas. Mas, se de tudo, insistirem na realização do pleito, achando que trarão conforto e tragédias como a de Realengo não acontecerão mais, pelo menos que se inclua itens como a pena de morte, prisão perpétua ou mudança da maioridade para 16 ou 17 anos. Estas, sim, são as prioridades para todos que sofrem com a incerteza de criar os filhos e chegar em casa com segurança e com a confinação de sua dor.