quinta-feira, 1 de novembro de 2012

FÔLEGO DE GAROTO

O deputado campista Anthony Garotinho (PR-RJ), no afã de ganhar espaço na mídia, às vezes exagera na dose e comete alguns equívocos. Mas de uma coisa 'meu bichinho' (como alguns se tratam naquela região) não pode ser acusado: de covarde e se omitir quando a luta refere-se aos problemas do Estado do Rio. Na questão dos royalties, por exemplo, ele e alguns minguados colegas de parlamento - a propósito, por onde andam os governadores Cabral e Casagrande, deputados e vereadores interessados? -  conseguiram adiar a votação que trata de redistribuir os royalties do petróleo por todos os municípios brasileiros para a semana que vem, como se isto fosse acontecer, de direito, e enriquecê-los a todos, de fato. Mesmo com a forte pressão exercida no plenário pelo presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), a pequena e brava bancada dos municípios produtores, liderada por Garotinho, se manteve de pé e conseguiu que o polêmico projeto entrasse na pauta da próxima semana, o que não significa vitória para ninguém, nem para os que pretendem arruinar as finanças de fluminenses e capixabas de uma hora para a outra, 'garfando' direitos previstos e garantidos pela própria Constituição Federal. Mesmo que Maia e cia consigam seu intento de contrariar a vontade da presidente Dilma Rousseff, que é não mexer nas atuais regras de distribuição, a coisa deve parar, mesmo, no Supremo Tribunal Federal (STF), gerando incertezas na forma de licitação e provocando a insegurança nos investidores internacionais, o que significa prejuízos para todos os brasileiros e brasileiras, produtores de petróleo ou não.