Num país que parece só pensar em política pois, de dois em dois anos -
fora os interstícios - somos obrigados a escolher "representantes" ( com
a opção de não votar em ninguém, beneficiando aos infratores), pode-se
dizer que já está aberta mais uma temporada
de caça. Diriam, alguns, caça aos patos. Muitos detentores de mandatos,
no caso, prefeitos cumprindo o seu primeiro ( também conhecido como
meu pirão), recomeçam as tradicionalíssimas batalhas de reunir o maior
número de partidos, fazer nomeações, indicar
apadrinhados de "aliados", diapensar limitações, aditar bons e
rentáveis contratos, chamar ex-adversários pra perto, enfim, fazer o
diabo para continuarem sentados numa cadeira e com uma caneta que
costumam ser bem poderosas Mas têm ainda os vereadores,
conhecidos como mercenários e por enfiarem a faca no pescoço nos
alcaides e dinheiro no bolso, tão ávidos quanto seus "chefes", para
continuarem por pelo menos mais um período com a opção de, dependendo do
colégio eleitoral, alçarem voos mais altos como assembleias
ou até Congresso Nacional, configurando mais uma prática comum num país
que parece viver e respirar somente eleições. E, claro, uma grande
corrupção causada por coisas assim.