quarta-feira, 9 de novembro de 2016

A FATURA CHEGOU

Sabe a Olimpíada do Rio que fez o mundo todo ficar de queixo caído? As cerimônias de abertura e de encerramento, todas quase irrepreensíveis, que levaram milhões de brasileiros às lágrimas, todos se lembram, né? As maravilhas propaladas por Sérgio Cabral (onde está Wally?) Dilma, Lula e um tímido Pezão - cuja doença deve ter avançado por causa das companhias erradas e da enrascada em que se enfiou -, o clima de entusiasmo e otimismo por parte do PT e do PMDB que diziam ser os jogos "a oportunidade de mostrar um Brasil que deu certo",  além das promessas de grandes transformações na Cidade Maravilhosa feitas pelo prefeito Eduardo Paes- hors concours de FEBEAPA (Festival de Besteira que Assola o País (no caso dele, muitas febeapas), estas ninguém se esqueceu, não é mesmo? Então...Sem querer ser desmancha-prazeres, tampouco, vítima do complexo de Vira-Latas, o que se tem, hoje, passados sete anos da escolha do Rio como sede dos jogos olímpicos (deixando a Copa do Mundo de lado, em 'homenagem' aos 7 x 1), é um Estado, literalmente, quebrado, pelo comprometimento da infraestrutura, leia-se, Educação, Saúde, Transportes, Segurança e, agora, o arrocho sobre os servidores (há em curso um pacote de maldades que inclui o corte de 30% nos salários de ativos e inativos), bem como uma prefeitura que só será revelada a Marcelo Crivella em janeiro. Não por Jesus Cristo - que, aliás, fez e faz tudo para que o Rio brilhasse e brilhe, ficando cada vez mais lindo - mas pelos órgãos fiscalizadores, como Ministério Público, Tribunal de Contas e a Câmara, por exemplo, a quem cabe(ria) apontar as muitas falhas e excessos cometidos. Como se vê, a conta dos supostos US$12 bilhões queimados para manter acesa a chama olímpica e fazer a festa de políticos e empresários corruptos, começou a chegar. E com força! O dinheiro gasto em sua realização, incluindo a tradicional e vergonhosa roubalheira, as dispensas de licitação, apoiada pela maioria de um Congresso Nacional encima de qualquer suspeita, uma Assembleia e uma Câmara fadados a permitir a farra com o dinheiro público, a ajuda aos 'amigos dos reis' e o desânimo, muito comum após a euforia, surgem, agora, para mostrar que os chamados pessimistas de plantão estavam certos em pedir, até, a interrupção, principalmente, da olimpíada pois o que já sabiam não estar bom pioraria ainda mais reforçando a tese do nada é tão ruim que não possa piorar. Novamente, a fatura atinge, com força descomunal e injusta, como sempre, quem não pode pagar mais nada pois, além de perder os aneis há muito, corre o risco de ficar, também, sem os dedos. E sem o salário.