domingo, 13 de novembro de 2016

CRISE PASSAGEIRA

Tudo relacionado à França atrai a atenção de todos. Até a nossa. Isto porque o país ainda é um dos que mais reúne atrativos para quem gosta de ver, por exemplo, as maiores belezas naturais do planeta (depois do Brasil, claro). Entretanto, a Cidade-Luz e as muitas outras cidades francesas lindíssimas, vêm enfrentando uma grave crise no setor de turismo este ano. Os franceses atribuem esse fato às greves e à crise econômica, mas o terrorismo foi apontado como o principal fator da crise. Deveria ter sido um ótimo ano para o turismo francês. Afinal, como sede do Campeonato Europeu de Futebol (Euro), um evento importante que se realiza de quatro em quatro anos, a França teve uma chance perfeita de mostrar seu charme especial. Mas, ao contrário das expectativas, 2016 foi um desastre. As visitas ao destino turístico mais popular do mundo diminuíram mais de 8%, de acordo com Bloomberg, em comparação com o mesmo período em 2015. A taxa de hospedagem nos hotéis parisienses caiu 21%. O Brexit (mais uma das 'bobagens' criadas pelo rigor londrino) não ajudou a incentivar o turismo. O Reino Unido é a segunda maior fonte de turistas que visitam a França. Com a queda da libra, a França ficou muito cara para os ingleses que atravessam o canal para comprar vinho barato e queijo Pont-l’Évêque. Em consequência, o turismo britânico diminuiu 4%. Mas o terrorismo é o principal motivo da queda do turismo. Os terríveis atentados em Paris e Nice nos últimos 12 meses que mataram centenas de inocentes, além de outras atrocidades, assustaram, sobretudo, os asiáticos. Neste ano o número de turistas japoneses caiu quase 40% e o de chineses aproximadamente 23%. Tomara que algumas das medidas chamadas protetivas venham a minimizar os impactos causados à França o Velho Continente continue a ser um dos principais destinos de todos nós que gostamos de conhecer de perto uma das mais autênticas tradições culturais que existem em todo mundo.