Ao se confirmarem algumas pesquisas de intenção de voto e o que se ouve
nas conversas entre pessoas em lugares públicos, ano que vem haverá
segundo turno para escolha de presidente. Poderemos assistir uma grande e
acirrada disputa entre um candidato prometendo fazer o brasileiro
voltar a sonhar, principalmente, com uma economia estável, empregos,
poder de compra e a elevação da autoestima contra alguém que pretende
mostrar quem manda, acabando com tanta insegurança e fazendo voltar os
bons costumes, mesmo que de maneira radical. De um lado, Lula,
representando a velha política, onde vale mentir, roubar e fazer tudo
para conquistar o voto daqueles desassistidos que um dia acreditaram que
tinham algo de bom nas mãos, estando até dispostos a perdoar os 13 anos
do projeto criminoso de poder. Do outro, Bolsonaro, cujo radicalismo e
as promessas de um país voltado para a moralidade e o cumprimento da
ordem institucional, a qualquer preço, também deverá atrair milhões de
eleitores para marchar com ele. Como se vê, 2018 poderá nos levar a
ficar entre a cruz e a espada, isto é, a escolher se perdoamos a quem
tanto errou ou nos submetemos à volta da força para impor limites,
colocando, por exemplo, criminosos onde têm de estar e libertando as
pessoas de bem.