VERBORRAGIA PRESIDENCIAL

Já se tornou hábito o presidente Lula se dirigir à nação através de uma quantidade excessiva de palavras com pouco conteúdo ou importância. Seu discurso, agora, tem focado o papel da imprensa e alguns segmentos do próprio Estado que, para ele, "deveriam se ater ao seu verdadeiro papel". No caso dos veículos de comunicação, "limitar-se à prática de noticiar, informar apenas", e os órgãos de fiscalização, entre eles o TCU, "procurar agilizar o andamento de obras e até punir quem dificulte isto". Outra pérola que sugere a contrariedade pelo rigor das instituições diz respeito à atuação dos Tribunais Eleitorais, quando apontam campanhas extemporâneas e tentam travar os diversos palanques já montados para sua candidata. É oportuno se discutir a necessidade do aperfeiçoamento de instituições de controle, mas paralisá-las,- ou cerceá-las,- é tudo que a sociedade não precisa e não quer.