segunda-feira, 25 de maio de 2009

MEDO DE ELEVADOR

Ao contrário do que muitas pessoas acreditam, claustrofobia e agorafobia não são medos de lugares fechados e abertos, respectivamente. O pânico está em ficar preso em locais de difícil acesso, o que poderia impedir a chegada do socorro. Maura de Albanesi, psicoterapeuta e coordenadora do Instituto de Psicoterapia Avançada, diz que estes problemas são distúrbios de ansiedade em que pessoas projetam o medo em uma situação que ainda não ocorreu. "A pessoa fica com o medo antecipado. A gente pode até fazer uma comparação entre síndrome do pânico, claustrofobia e uma simples fobia, que são variações de graus diferentes de uma ansiedade", explica. Os sintomas, que se assemelham aos da síndrome do pânico, são sudorese, taquicardia, tontura e até desmaio. A diferença é que os claustrofóbicos e agorafóbicos não têm medo da morte, mas de não serem socorridos nestes locais. "Se a pessoa não precisar frequentar estes espaços abertos ou fechados, ela toca a vida. O problema é quando ela precisa daquilo. Normalmente, recorre-se a um tratamento quando ela se vê nestas situações", comenta. De acordo com Albanesi, o tratamento é feito por meio de psicoterapia, que busca entender o que gerou o medo, como uma situação traumática em que a pessoa ficou presa em um elevador. Caso necessário, é receitado um ansiolítico para a pessoa diminuir a sua ansiedade.