quinta-feira, 23 de julho de 2009

A GRANDE FAMÍLIA


- Pai, fala com o vovô pra arranjar um empreguinho pro meu namorado? - Claro, filhinha. Vou falar com ele agora mesmo. - Papai, sabe aquela vaguinha que tá sobrando aí? - Sei, a do cara que pediu exoneração. - Essa mesmo. Dá para arranjar pro namorado da sua netinha? - Agora que você me fala. Mas vou providenciar com o diretor da Casa. Esse diálogo (mais ou menos assim) seria corriqueiro e normal se não fosse entre vovô Sarney, seu filho Fernando e sua “netinha” Maria Beatriz, o diretor não fosse o Agaciel, a nomeação através de um “ato secreto” e a Casa o Senado Federal. E o empreguinho não fosse para Henrique Bernardes, no Serviço Médico, com salário de três mil reais. Como se vê, a coisa pública no Brasil está cada vez mais sendo tratada como um negócio de família. Essa família é muito unida. E também muito ouriçada. Catucasquas,quas,quas,quas,quas,quas,quas...