A revista britânica Economist diz que a Petrobras é a “mais ambiciosa companhia de petróleo do mundo”, mas lembra que incertezas políticas podem atrapalhar.
Ela cita a CPI criada no Congresso brasileiro para investigar a empresa, dizendo que, mesmo se nada for comprovado, as acusações podem deixar a impressão de que há irregularidades na empresa. A revista ressalta que o orçamento para projetos sociais é administrado de maneira mais profissional do que no passado, mas diz que a empresa como um todo ainda é vulnerável a acusações de favorecimentos políticos. Em sua reportagem, a Economist fez referência ainda à reportagem do Globo desta semana que revelou que uma empresa que recebeu verba da Petrobras teria declarado à Receita o endereço de um canil abandonado como sendo seu (leia mais). A matéria afirma ainda que, apesar de a CPI poder trazer danos à reputação da Petrobras, eles provavelmente serão muito reduzidos, destacando o fato de a CPI ter maioria governista. A revista ironiza, dizendo que dois dos integrantes da Comissão, o ex-presidente Fernando Collor e o bispo Marcelo Crivella, darão sua contribuição ao “espetáculo”. Outra incerteza que paira sobre a empresa, diz a Economist, é a indefinição quanto ao marco regulatório para a exploração do pré-sal.