sábado, 4 de setembro de 2010

AMÉM!

Em um mês, o Brasil além de conhecer seu novo presidente e o vice, também saberá quem serão os senadores, governadores e deputados estaduais e federais que irão nos representar. E receber salários completamente incompatíveis com a realidade brasileira, cotas de passagens aéreas, planos de saúde vitalícios, residências oficiais, direito a nomeações em cargos públicos - e privados também - e diversas outras mordomias que já fazem parte do pacote de bondades dos governos e da cultura de um povo outrora chamado de "bonzinho e que não sabe votar". Isso sem falar na impunidade e na imunidade também garantidas pelos cargos e pela frágil e famigerada lei (blindada por eles mesmos) a cada dia mais fora do contexto mundial de países sérios, cujo povo não permite nenhum excesso. Ninguém em sã consciência está a propor que nos tornemos, do dia para a noite, uma Suécia, onde os deputados e vereadores, muitas vezes, sequer recebem salário, não têm gabinete, trabalham em casa e o país funciona muito bem sem mordomia para os políticos. Farra aérea, cartões corporativos e coisas assim, nem pensar. Mas também não se admite, mais, que os cofres públicos, quando não arrombados, continuem servindo para servir a interesses políticos em detrimento de serviços de saúde, educação, segurança pública e saneamento de baixíssima qualidade. Ou para perpetuar a espécie e os ditos benefícios sociais, as bolsas-esmolas, para todo o sempre.