sexta-feira, 17 de setembro de 2010
PÁ DE CAL
Quando se trata de defender interesses é, literalmente, uma guerra. Como a que está sendo travada para ocupar a presidência da República. Há poucos dias das eleições, o quadro que se apresenta é de quebra de sigilo de um lado e denúncias de tráfico de influência na Casa Civil, do outro. Muito mais grave que o vazamento de informações da filha e do genro de José Serra, são os fortes indícios de pedidos de propina feitos pelo filho da ex-ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, que culminaram com sua exoneração "em caráter irrevogável". Afilhada da candidata petista, Dilma Rousseff, que é afilhada e indicada do presidente Lula, Erenice está no meio de mais um escândalo envolvendo membros do primeiro escalão que, nesta reta final da campanha, coloca sob suspeita - e na mira dos opositores - o ministério mais importante do governo e a própria campanha que corre o risco de ficar desacreditada perante boa parte da opinião pública. Cabe, agora, à Polícia Federal e à Justiça, prosseguirem com as investigações e processarem todos os envolvidos. E a nós, separando o joio do trigo, avaliar, com isenção, o que é melhor para o país no próximo dia três de outubro.