terça-feira, 7 de setembro de 2010

SEM CULTUAR A PÁTRIA


Ou o Sete de Setembro já nos entusiasmou muito mais no passado -e sou um autêntico nostálgico- ou está mesmo faltando civismo dentro de nossos corações, provocado por um motivo muito forte. Lembro-me de, lá pelos anos 60 e 70, torcer para chegar logo este dia quando participava dos eventos ou desfilando pela escola ou assistindo às paradas cívicas na TV e nas avenidas da cidade quase que com os olhos cheios d'água. Chamavam-se desfiles cívico-militares e crianças e pais paravam, literalmente, para ver a banda passar. Talvez movidos pelos maus exemplos da classe política e da parte podre das forças armadas e das polícias, com escândalos de corrupção e outros crimes, os cidadãos já não tenham mais o amor à bandeira, ao hino e aos demais símbolos de nossa pátria, com exceção de dias de campeonatos esportivos. Talvez não se lembrem nem do que representa termos alcançado a independência de Portugal, deixando de ser simples colônia e passando a caminhar quase que com as próprias pernas. A data, melancólica do ponto de vista cívico, tem atraído, apenas, o interesse de quem procura fazer dela um feriado prolongado - como este ano -,entupindo estradas a caminho de um prazer muito mais individual, bem longe daquele que objetivava mostrar a força da nação brasileira.