quinta-feira, 17 de março de 2011

CAIXA DOIS

Mais um político é pego com a 'mão na botija'. Desta vez foi a deputada federal Jaqueline Roriz (PMN) que admitiu ter recebido caixa dois para bancar a campanha eleitoral de 2006, quando foi eleita deputada distrital. Ela foi devidamente flagrada, ao vivo e a cores para todo Brasil, recebendo dinheiro do delator do mensalão do DEM, Durval Barbosa. Não dá mais para ignorar coisas assim. Enquanto não se modificar as leis, com profundas reformas que incluam verbas de campanha e penas severas para apropriações indevidas e quaisquer outras formas de corrupção, ficaremos assistindo, apenas, o esforço isolado de alguns, muita retórica e à batalha judicial que quase sempre livra os ladrões do dinheiro público. Com muito corporativismo e malandragem que lhe é peculiar, sem esquecer da figura do corruptor, uma boa parte de políticos continua a defender seus próprios interesses, produzir muito pouco e a não votar projetos importantes como o FICHA LIMPA, a exemplo do que fizeram há um mês. Impedir a candidatura a qualquer cargo eletivo, de pessoas condenadas em primeira ou única instância ou por meio de denúncia recebida em tribunal – no caso de políticos com foro privilegiado - em virtude de crimes graves, como racismo, homicídio, estupro, homofobia, tráfico de drogas e desvio de verbas públicas, como quer a sociedade LIMPA, é tudo que a maioria dos 513 deputados demonstra não querer.