1- Todo mundo sabe que Carnaval é a maior festa popular brasileira, o ópio do povo. Mas não precisamos chegar a tanto. O município de Quissamã, cujo mercado de trabalho, hoje, se restringe praticamente à prefeitura e ao pequeno comércio, não pode ter gente que esnobe trabalho como vem fazendo de um tempo para cá. A grandeza de um povo acontece quando a diferença entre trabalho e emprego fica estabelecida e bem entendida.
2- Digo isto baseado em observação direta e em experiência pessoal ( uma delas discutida na Justiça, com ou sem preclusão), pois até para se limpar um terreno está difícil.
3- Contaram-me que, na sexta-feira, um dia antes de "estourar" oficialmente o Carnaval, a doméstica da aposentada Dona O. chegou e disse: - Olha, agora vou dar uma "paradinha" pro Carnaval e só volto quinta-feira, dia 10, tá!?! Com mais de 80 anos e pagando muito bem a sua doméstica, Dona O. respondeu que não, pagou o que lhe devia e está procurando uma nova empregada.
4- Outro colaborador deste blog relatou que ligou para uma manicure neste mesmo dia (4/3) para lhe pedir que fosse a sua casa 'fazer pé e mão'. Resposta da moça: - Dá não, tô com a agenda cheia até Quarta de Cinzas.
5- Como se vê, saudoso Dr. Pery ( ex-procurador da Prefeitura de Quissamã), tínhamos razão quando conversávamos a este respeito.
6- Estes fatos não fazem jus a Quissamã, historica e basicamente acostumado a luta do dia a dia, seja na lavoura, na pecuária, no corte de cana ou 'tocando' a Cia. Engenho Central e correlatos, outrora maior fonte de renda e orgulho desta terra.