quarta-feira, 16 de março de 2011

DA TERRA DO SOL NASCENTE


Os japoneses vêm mostrando ao mundo inteiro seu poder de lidar com situações de extrema gravidade baseados na cultura milenar de se superarem seguindo critérios de organização, força e respeito para com o seu semelhante. Por mais sofrimento que passem nossos irmãos do outro lado do mundo, as experiências anteriores advindas de diferenças contra os vizinhos, principalmente a China, e na Segunda Grande Guerra, quando tiveram que se render ao poderio atômico dos EUA que arrasou duas de suas cidades, são prova maior de que a união faz a força e, sim, nós podemos. Outro diferencial para o Japão que, apesar de tudo, ainda se mantém, mesmo que estagnado há algum tempo, como a terceira economia do planeta, é sua capacidade de criar e usufruir de uma inteligência capaz de permitir sempre que haja superação. Apesar do risco iminente de contaminação por radioatividade, ocasionada pela explosão em uma de suas usinas, os japoneses continuam buscando alternativas dentro do próprio arquipélago, procurando não se afastar da calma, dos critérios, dos ensinamentos e da necessidade de ajuda mútua, mesmo tendo algumas autoridades daquele país demorado a reconhecer - e admitir - a seriedade do ocorrido, talvez vencidos pela vergonha que têm de errar. Apesar da grande dor, o exemplo de mais uma catástrofe nos mostra muita coisa. Entre elas, que devemos rever conceitos em relação à vida que levamos e a necessidade de o mundo precisar continuando a se utilizar de formas de energia que podem destruí-lo mais rápido que qualquer terremoto, tsunami ou outra de suas manifestações naturais.