Chega ao fim mais um ano e, com ele, as muitas previsões
feitas por especialistas (técnicos, místicos ou simples palpiteiros), as
retrospectivas, tradicionalmente, levadas ao ar por emissoras de rádio, TV e
publicadas em revistas especializadas, sensacionalistas ou de fofocas, que
também podem ser reproduzidas nas redes sociais - aliás, profícuas quando se
trata de dar opinião - e, até, o puro exercício de futurologia que costuma
prever, por exemplo, tendências e o óbvio nesta ou naquela área onde passa a
ser ululante haja vista os últimos acontecimentos e a natureza das personagens.
Além dos muitos chutes e invencionices quando há espaço e público para isto. É
assim no mundo artístico, nas ciências, nos esportes e tantas outras que
costumam a ter seu futuro descortinado e revelado de acordo com a conveniência
dos autores/emissores e interesse dos receptores. No caso, os seres humanos,
curiosos e acostumados a participar de tramas. Embora 2015 seja o ano que não
acabou, pelo menos de maneira oficial, pois enquanto não acontecer o brinde com
o champanhe ( muito mais pra sidra), a confraternização entre familiares e
amigos no réveillon, a mesa repleta de quitutes, iguarias e bons assados
(outrora mais abundantes), a contagem regressiva e não se colocar mais petistas
corruptos atrás das grades, a vida continua e há esperança - independente dos
recessos -, por dias melhores (exceção para o Congresso Nacional). E para não
fugir de nosso viés político, já que este tem sido o tema preferido dos
brasileiros, recorrente na mídia e nas investigações judiciais, e para mostrar
que também defendemos a linda reflexão ' a
esperança é a última que morre', nos daremos ao privilégio de descrever alguns
- apenas alguns - bons e velhos palpites para o ano vindouro:
1- o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB), é cassado
pelos pares (eventualmente conhecidos por cúmplices), podendo ser preso assim
que terminar o pacote de manobras e os aliados ( também conhecidos como
asseclas e malandros) derem no pé, uma vez que a união entre política e polícia
faz mal pra pele e afugenta o eleitorado ( "sabe como é");
2- o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB), que já se
safou de processos como nos casos "Laranja Alagoano", "Mônica
Velloso" ( que o levou à renúncia da presidência em 2007 para evitar a
cassação), "Schincariol", "Golpe do INSS", esquema de
espionagem contra senadores da oposição ao governo Lula, desvio de dinheiro
público, uso de avião da Aeronáutica para transplantar cabelo e, agora, por
várias citações no Petrolão, vai defender a comparsa Dilma Rousseff com unhas e
dentes só que talvez não adiante muito pois sua batata (sua, não, de vossas excelências) tá mais do
que assada e, sabe como é, a verdade ( pra não ser grosseiro) sempre vem à tona;
3- Lula vai depor em Curitiba e, depois de comemorar o fim
de ano com os filhos prodígios e ao lado da esposa que lhe propiciou a
cidadania italiana (só não é dupla porque a brasileira moralmente deve perder),
pode ficar junto aos 'cumpanheiro' que lá estão (esta um pouco mais improvável,
mas não impossível);
4- o senador Delcídio Amaral vai botar a boca no trombone e
levar muita gente consigo para o inferno;
5- a presidente Dilma Rousseff (PT) - derrubada pela
oposição e por seu vice que é muito melhor na articulação política e nas altas conspirações vindas do Jaburu do
que quando escreve cartas - perde o mandato, talvez por renúncia ou na pior das
hipóteses ( pela demora dos tais ritos) pelo impeachment, amargando o ostracismo por tudo que fez - mentir,
cometer pedaladas e participar de esquemas de corrupção - ou pelo que deixou de
fazer em prol da qualidade de vida dos brasileiros.
6- Após essa avalanche, cai metade da República, restando ao vice-presidente,
Michel Temer (PMDB), assumir o comando da nação, podendo, inclusive, fazer um
bom governo desde que componha com a banda boa da oposição, que ainda existe, e
tenha coragem de escutar a voz das ruas que, aliás, pode parecer em processo de
enfraquecimento mas que estão cada vez mais a exigir um governo de verdade.
Bem, estas são apenas previsões baseadas na vontade expressa
de mais de 65% da população que torcem por resultados efetivos em relação ao
árduo trabalho da PF e do MP, pelo bom senso dos congressistas em reconhecer o
caos e o desgoverno, pelo fim da bandalheira institucional e, principalmente, por
dar melhores condições de vida aos 208 milhões de brasileiros e exemplo ao
mundo de que 'nós podemos'. E queremos!