quarta-feira, 23 de dezembro de 2015

DESESPERAR JAMAIS

2016 está aí. Literalmente, pois falta apenas uma semana para a chegada de mais um ano. Ano Novo propício para a abertura de novas portas. Algo inevitável, se corações e mentes estiverem dispostos a fazê-lo, pensando no mais sensato, acreditando que muitas vitórias já foram alcançadas em nossas vidas, sim,  mas crendo de que algo maior está a nossa frente, a nossa espera pronto para ser conquistado. Não costumo ser muito otimista - ou só otimista - em alguns aspectos, pelo contrário, quem me acompanha sabe que tendo a ser sempre crítico e assertivo quando a realidade não se mostra nada favorável para a maioria. Como agora, onde a instabilidade política e econômica no país tem levado desesperança a milhões de brasileiras e brasileiros para os quais há razões de sobra em acreditar que enfrentaremos muitas dificuldades. Mas e daí? Deve-se cruzar os braços e reclamar de tudo e de todos sem, ao menos, tentar abrir outras portas com vontade, acreditando que o melhor ainda está por vir? Ou ficar apenas se lamentando com a velha e contraproducente crítica pela crítica, mesmo sabendo (e esta gente sabe) que isto não trás nada de efetivo, não ajuda, só piora as coisas? Ou incentivando o quanto pior melhor, ao invés de colaborar de maneira efetiva para aprimorar o que não vai bem, dando sugestões e, se necessário, pedindo ajuda para abrir a porta certa ou mesmo ajudando alguém a abrí-la? Claro que, antes de mais nada, temos de acreditar em horizontes promissores e na necessidade constante de nos retroalimentar, sem interesses outros que não sejam o bem de todos, Nossos, inclusive, pois só podemos gostar do outro  a partir de nós mesmos. Certo? Sendo assim, nada nos impede de estar preparados para o melhor de nossas vidas (está por vir, lembra?), ter aprendido com nossos erros e tropeços- nossos no sentido mais literal possível -, com a garantia que eles podem voltar a acontecer e estarmos convictos de existir algo capaz de mudar tudo isto, como, por exemplo, a vontade de acertar, baseado, sempre, no trabalho, na verdade, na seriedade e nas limitações que a vida e o momento crítico, muitas vezes, nos impõe. E são tais princípios que vão nos ajudar a encontrar a porta certa, a usar bem o acúmulo de sentimentos, já experimentados, ao longo dos anos e a guiar nossas vidas tal qual a música de Ivan Lins que diz : 'no balanço de perdas e danos, já tivemos muito o que chorar', mas, a partir de agora, desesperar jamais. Que venha 2016. Que venha a crença por dias melhores.