2016 está aí. Literalmente, pois falta apenas uma semana para a
chegada de mais um ano. Ano Novo propício para a abertura de novas
portas. Algo inevitável, se corações e mentes estiverem dispostos a
fazê-lo, pensando no mais sensato, acreditando que muitas vitórias já
foram alcançadas em nossas vidas, sim, mas crendo de que algo maior
está a nossa frente, a nossa espera pronto para ser conquistado. Não
costumo ser muito otimista - ou só otimista - em alguns aspectos, pelo
contrário, quem me acompanha sabe que tendo a ser sempre crítico e
assertivo quando a realidade não se mostra nada favorável para a
maioria. Como agora, onde a instabilidade política e econômica no país
tem levado desesperança a milhões de brasileiras e brasileiros para os
quais há razões de sobra em acreditar que enfrentaremos muitas
dificuldades. Mas e daí? Deve-se cruzar os braços e reclamar de tudo e
de todos sem, ao menos, tentar abrir outras portas com vontade,
acreditando que o melhor ainda está por vir? Ou ficar apenas se
lamentando com a velha e contraproducente crítica pela crítica, mesmo
sabendo (e esta gente sabe) que isto não trás nada de efetivo, não
ajuda, só piora as coisas? Ou incentivando o quanto pior melhor, ao
invés de colaborar de maneira efetiva para aprimorar o que não vai bem,
dando sugestões e, se necessário, pedindo ajuda para abrir a porta certa
ou mesmo ajudando alguém a abrí-la? Claro que, antes de mais nada,
temos de acreditar em horizontes promissores e na necessidade constante
de nos retroalimentar, sem interesses outros que não sejam o bem de
todos, Nossos, inclusive, pois só podemos gostar do outro a partir de
nós mesmos. Certo? Sendo assim, nada nos impede de estar preparados para
o melhor de nossas vidas (está por vir, lembra?), ter aprendido com
nossos erros e tropeços- nossos no sentido mais literal possível -, com a
garantia que eles podem voltar a acontecer e estarmos convictos de
existir algo capaz de mudar tudo isto, como, por exemplo, a vontade de
acertar, baseado, sempre, no trabalho, na verdade, na seriedade e nas
limitações que a vida e o momento crítico, muitas vezes, nos impõe. E
são tais princípios que vão
nos ajudar a encontrar a porta certa, a usar bem o acúmulo de
sentimentos, já experimentados, ao longo dos anos e a guiar nossas
vidas tal qual a música de Ivan Lins que diz : 'no balanço de perdas e
danos, já tivemos muito o que chorar',
mas, a partir de agora, desesperar jamais. Que venha 2016. Que venha a
crença por dias melhores.