quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

DECISÃO INFELIZ

O último ministro do STF indicado por Dilma Rousseff e que foi citado nas gravações feitas pelo filho de Cerveró, preso pela Operação Lava Jato, acaba de suspender o processo de impeachment na Câmara. Sem entrar no mérito, eu e mais 65 % dos que apóiam a investigação contra as pedaladas e as outras dezenas de denúncias contra a presidente, além de todas as provas de corrupção contra o governo e o PT, consideramos a decisão um golpe contra a democracia e a vontade da maioria. Com todo respeito, o ministro deve repensar a grande bobagem que fez - por mais razões que tenha encontrado na Constituição, a qual tem de fazer cumprir - pois acaba de colocar, apenas, mais combustível na grande fogueira chamada Brasil. Acredito que, agora, as vozes da rua vão se manifestar com muito mais intensidade contra a atitude do ministro, um golpe (este sim, um autêntico golpe e uma manobra ardilosa) contra o que exige a maioria, ou seja, que possam acontecer investigações, réplicas, tréplicas, delações, CPIs, enfim, tudo que um bom embate político e uma boa investigação costumam provocar. E que o ministro do STF proibiu prosseguirem. Felizmente, a Lei permite muitas interpretações, existem outros ministros para intervir e o Legislativo, poder independente, harmônico e altivo como a sociedade pretende que seja, não vai vender barato ( sem trocadilho).