Ao assistir no Jornal Nacional entrevista com uma jovem jornalista que resolveu sair do Rio com sua família para procurar novas oportunidades de trabalho em Macaé, interior do Estado do Rio e para buscar uma “qualidade de vida melhor”, lembrei-me de quando fizemos a mesma coisa, há 15 anos e, vindos de Niterói, mudamos nossos destinos para Quissamã, outro município do interior do estado. Como num flashback , vi algumas das dificuldades que aventuras como estas costumam trazer e conosco não poderia ser diferente. Podemos afirmar que existem duas mais acentuadas: a primeira pela falta de familiares e dos amigos verdadeiros - aqueles antigos, de infância - e por padrões diferentes, não vinculados à história da cidade nem à suas famílias. E isto faz diferença. Muitas vezes pensamos em retornar, mas a vida foi nos reservando boas oportunidades e momentos felizes, o tempo foi passando, a complacência e a compreensão foram produzindo tantos efeitos positivos que acabamos superando e, de alguma maneira, fazendo novas amizades. Mas existe uma segunda mais difícil de ser administrada. É quando alguém decide fazer política. Pensar política. Tomar partido. Levantar bandeira, principalmente de oposição. Aí o poder , às vezes, torna-se impiedoso com quem exerce seus direitos. No interior, com muito mais intensidade. Por isso, coleguinha, cautela ao lidar com tal situação. E boa sorte.