terça-feira, 28 de outubro de 2008

NEM TUDO QUE PARECE


Ao assistir no Jornal Nacional entrevista com uma jovem jornalista que resolveu sair do Rio com sua família para procurar novas oportunidades de trabalho em Macaé, interior do Estado do Rio e para buscar uma “qualidade de vida melhor”, lembrei-me de quando fizemos a mesma coisa, há 15 anos e, vindos de Niterói, mudamos nossos destinos para Quissamã, outro município do interior do estado. Como num flashback , vi algumas das dificuldades que aventuras como estas costumam trazer e conosco não poderia ser diferente. Podemos afirmar que existem duas mais acentuadas: a primeira pela falta de familiares e dos amigos verdadeiros - aqueles antigos, de infância - e por padrões diferentes, não vinculados à história da cidade nem à suas famílias. E isto faz diferença. Muitas vezes pensamos em retornar, mas a vida foi nos reservando boas oportunidades e momentos felizes, o tempo foi passando, a complacência e a compreensão foram produzindo tantos efeitos positivos que acabamos superando e, de alguma maneira, fazendo novas amizades. Mas existe uma segunda mais difícil de ser administrada. É quando alguém decide fazer política. Pensar política. Tomar partido. Levantar bandeira, principalmente de oposição. Aí o poder , às vezes, torna-se impiedoso com quem exerce seus direitos. No interior, com muito mais intensidade. Por isso, coleguinha, cautela ao lidar com tal situação. E boa sorte.