Se você gosta de bater ou de quem bate pesado no espírito da canalhice coletiva que entope as veias da democracia faça como eu: vá até uma livraria mais próxima de sua casa – se você tiver uma ou outra, ou as duas - e adquira o novo livro de Reinaldo Azevedo, O País dos Petralhas, que já é um dos três livros mais importantes para entender a miséria intelectual e política do país. Os outros dois para mim? O Reacionário, de Nelson Rodrigues e O Imbecil Coletive, de Olavo de Carvalho. Estes constróem imagens que nos ajudam a perceber o monstro híbrido que foi criado e que vem causando enorme estrago à sociedade: o totalitarismo.
O livro de Reinaldo reúne artigos publicados na Veja, no Globo e em seu blog que o tornaram um dos mais importantes jornalistas em atividade. Seu jeito mordaz, contundente e bem humorado o levaram a falar dos "petralhas", personagens presentes no cotidiano da vida brasileira, sem falar na sua enorme percepção da permanência.
Petralha é a contração de Petista com Irmãos Metralha, os célebres ladrões de Patópolis que tentavam implantar políticas de distribuição de renda com a fortuna do capitalista neoliberal Tio Patinhas, na propagando pró-capitalismo subliminar de Walt Disney. As atividades de um petralha são diversas, como negar a existência do Mensalão, denunciar a Veja por ela fazer contra o PT o que a Carta Capital faz a favor do PT, trabalhar de assessor de algum deputado petista, ser a favor dos sindicatos mas não dos sindicalizados, atacar a Privatização, escrever maciçamente aos jornais e blogs de direita em caso da mais leve discordância, defender Marx sem ter lido nada dele, ser estudante que não estuda, trabalhador que não trabalha, pensador que não pensa e camponês que não planta. Por tudo isto, não deixe de ler o País dos Petralhas". É bom mesmo. Sem jabá...