terça-feira, 25 de janeiro de 2011

CYBERBULLYING


"Você é um bobo, ha, ha, ha. As meninas dizem que você é um gordão..." são frases que crianças e adolescentes podem receber como mensagens texto em seus celulares, enviadas por companheiros da escola e que podem ser mais prejudiciais ao publicar-se na página de uma rede social, especialmente destinadas a desmoralizar o acossado. O fenômeno, conhecido como cyberbullying, que afeta, sobretudo, adolescentes entre 12 e 14 anos -por serem os que estão mais tempo conectados a Internet- tem gerado preocupação no mundo todo. É uma conduta que transcende em muito os muros escolares. Já é uma das preocupações que ocuparão a agenda de docentes e pais durante o ciclo letivo 2011 e que vai surpreender as famílias. A mudança de hábitos tem um novo efeito com o acesso massivo a Internet e ao uso de celulares. Hoje, os insultos e agressões que os adolescentes disparavam na saída do colégio foram transladados também aos muros virtuais e agravaram a situação. Em vez de ser vistos por testemunhas ocasionais da discussão ou briga, agora participam direta ou indiretamente os amigos da vítima e os vitimados e os amigos de seus amigos. Entre 150 pais consultados durante o congresso organizado pela "Fundación Proyecto Padres", e realizado recentemente, 80% disseram saber de algum caso de cyberbullyng entre os amigos de seus filhos. O professor Soletic destacou que a escola tem um papel protagonista nesse assunto, mesmo que ocorra fora dela. "A escola segue sendo o âmbito de socialização principal da criança e do adolescente e tem que trabalhar para detectar este fenômeno, afrontá-lo como problema e tratar de erradicá-lo," agregou.

Jornal LA NACION