quarta-feira, 17 de junho de 2009
MARIMBONDOS DE FOGO
O "imortal" presidente do Senado, José Sarney, acaba de provar de seu próprio veneno. No discurso de ontem, ao dizer que a crise não era sua e sim de toda a instituição, brincou com fogo e tentou subestimar a inteligência dos pares e de toda a sociedade brasileira. Sem apontar, de imediato, os verdadeiros problemas que fazem do Senado da República um mar de lama, o marimbondo-mor só conseguiu deixar a colméia mais agitada e os atos secretos mais secretos ainda. Para quem tem uma biografia política como Sarney, a saída mais honrosa seria cupinicida em todos os (caras-de-pau) culpados, pegar o chapéu, deitar em uma boa rede e tentar escrever o segundo volume daquele fictício vice-presidente que um dia assumiu o mandato de chefe de uma nação da América do Sul. Repleta de marimbondos de fogo, claro!