Cada um dos 18 vereadores de Niterói custa cerca de R$ 20 mil ao contribuinte, sendo que desta quantia R$ 8.573,58 representam remuneração bruta do parlamentar, que tem direito a sete assessores, com salários que variam de R$ 500 a R$ 2.900. O orçamento do Legislativo este ano é de R$ 32,2 milhões, sendo que 70% estão comprometidos com a folha de pagamento. Só de salários dos parlamentares são R$ 154.324,44 mensais, conforme dados da tesouraria.
São números que não fazem jus à produtividade. De 17 de fevereiro até a última quinta-feira, só foram votados cinco projetos de lei, sendo duas mensagens executivas (uma tombando uma escola e outra sobre a reforma administrativa) e dois sobre nomes de ruas. Há outros 34 à espera de votação. A Câmara tem 914 funcionários sendo 708 permanentes - custam R$ 1,2 milhão mensais - e 206 com cargos comissionados, ou seja, nomeados por indicação política, que saem a R$ 516 mil mensais. Ainda baseado em dados da tesouraria, a Casa gastou em abril R$ 31,5 mil em energia elétrica; R$ 4,7 mil em consumo de água e tratamento de esgoto; R$ 27 mil em contas de telefone fixo e R$ 450 em ligações diretas a distância (as chamadas DDD). Além disso, cada parlamentar tem direito a gastar até R$ 300 mensais em conta de telefone. Sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) em tramitação no Congresso, que reduz a despesa do legislativo niteroiense em 1% (equivalente a R$ 5,9 milhões), a partir de 2010, o presidente da Câmara, Paulo Bagueira, declarou:
"Vou ter que me enquadrar. Ainda não sei como".
Jornal O Fluminense
