Dias atrás, li um texto muito interessante sobre a campanha presidencial que, mantidas as pesquisas de intenção de voto, deve continuar polarizada entre José Serra e Dilma Roussef, possivelmente indo para um segundo turno.
O artigo, intitulado a Escolha de Sofia, foi escrito pelo economista Rodrigo Constantino e sugere que os dois candidatos se assemelham à história do cinema onde uma mãe judia em um campo de concentração nazista é forçada por um soldado alemão a
escolher entre o filho e a filha - qual será executado e qual será poupado.
Se ela se recusasse a escolher, os dois seriam mortos.
Talvez já convicto do que é melhor para o país, sem chegar ao extremismo ou radicalismo apontados por ele, não chego a dizer que temos um verdadeiro monopólio da esquerda na política nacional, com PT e PSDB cada vez mais parecidos. Também não ouso nem pensar estarmos vivendo momentos tão delicados e extremos, onde nossas liberdades individuais estão penduradas por um fio. Concordo com o autor quando diz que existem questões filosóficas complexas e que
escolher um lado e não anular o voto ajuda a democracia e a vencermos a guerra contra compra de voto e tudo mais que trasgrida as liberdades individuais. Porém, no final, fica a grande coincidência de termos escolhido o mesmo candidato que, se não for o melhor, ao menos parece o menino do filme que mais forte tem mais chances de sobreviver.