O acidente com o avião de pequeno porte na Baía de Guanabara deixou grandes mensagens para as autoridades. E para nós, usuários. Primeiro, que a Infraero não dispõe de muitos recursos para intervir rapidamente no salvamento e recuperação de aeronaves. O esforço isolado de bombeiros e barcos da Capitania dos Portos mostrou, ao vivo pela TV, que em caso de tragédia poderíamos assistir vidas sendo perdidas uma vez que o treinamento pareceu estar muito aquém dos profissionais que atuaram, por exemplo, no caso do avião que caiu no Rio Hudson (EUA), com 155 pessoas a bordo, sendo todas salvas com total eficiência. Em segundo lugar, o Aeroporto Santos Dumont, local do acidente, ficou paralisado durante muito tempo e os métodos para se tirar o avião da água eram quase medievais, não se levando muito em conta que se tratava de um aparelho de alguns milhões de dólares e o local servia de acesso para muita gente. Nós, que nos gabamos de ter saído da fase do em desenvolvimento, precisamos baixar a bola e procurar estar à frente em tudo, principalmente em se tratando do resgate de vidas, principal motivo para tudo que aí está.
