terça-feira, 10 de agosto de 2010

E AS NOSSAS MULHERES?


Muito louvável a insistência do governo brasileiro em oferecer asilo à viúva irania acusada de "trair", pasmem, "a memória do marido", condenada ao apedrejamento ou enforcamento em praça pública, como prevê a lei daquele país muçulmano. Embora o termo mais correto seja refúgio, pois só se concede asilo político àqueles que se sentem perseguidos em seu país de origem, a atitude não perde o brilho pois mostra o sentimento de nosso povo a qualquer atentado contra a liberdade das mulheres. Mas é importante que esse mesmo governo não se esqueça que as nossas também estão sendo condenadas e executadas, todos os dias, por namorados, maridos ou ex-companheiros que devido à fragilidade e morosidade da Justiça, na maoria dos casos, resolvem aplicar a pena capital com as próprias mãos. Já passou da hora de os legisladores pensarem em algo muito mais rigoroso que iniba, de fato, não só a violência contra as mulheres mas contra qualquer atentado à vida humana.